A segunda edição do Portogofone – Quatro Dias de Teatro Europeu – inicia-se hoje, quinta-feira, no Porto, e vai contar, até domingo, com a estreia absoluta de duas peças: “Turismo Infinito” (a partir de textos de Fernando Pessoa e encenada por Ricardo Pais) e “Conferência de Imprensa” (de Álvaro Garcia Zúñiga).

O Portogofone é uma iniciativa do Teatro Nacional S. João (TNSJ) e da União dos Teatros da Europa e inclui também o encontro europeu Teatro Europa (sexta-feira e sábado) e a 37ª Assembleia Geral da União dos Teatros da Europa (domingo), para além de outras quatro peças teatrais e um conjunto de intervenções de rua “em sítios inesperados”, segundo o encenador e director artístico do TNSJ, Ricardo Pais.

Promover um “contacto intenso” na cultura europeia

De acordo com o encenador, o Portogofone quer ser “uma pequena montra de tendências” para a Europa, e serve para fomentar “a proliferação das nossas relações com o estrangeiro”.

O responsável pelo departamento de Relações Internacionais do TNSJ e coordenador-geral do Portogofone, José Luís Ferreira, acredita que “um dos objectivos é poder partilhar esta possibilidade de contacto intenso”.

José Luís Ferreira admitiu que este não é um evento “com uma periodicidade óbvia” (o primeiro Portogofone aconteceu em 2004), porque só faz sentido acontecer quando se está num momento de “síntese” – neste caso, proporcionado pela mudança da estratégia cultural da União Europeia – que potencia uma reflexão.

Essa reflexão será levada a cabo no encontro Teatro Europa, que vai orientar a discussão para a “consciência da relevância económica do teatro, sem tender para a abordagem generalista e economicista”, e na 37ª Assembleia Geral da União dos Teatros da Europa, na qual Portugal será representado pelo actor e encenador Fernando Mora Ramos.