O compositor alemão Karlheinz Stockhausen morreu, esta quarta-feira, em Kürten, Alemanha, anunciou hoje, sexta-feira, a Fundação Stockhausen, em comunicado. Tinha 79 anos.

A música de Stockhausen já foi classificada de “neuroticamente bela” pelo diário britânico “The Guardian”. O artista alemão é um dos representantes da música electrónica do século XX, afirmando-se depois de 1945 (fim da II Guerra Mundial).

Karlheinz Stockhausen explorou a música electrónica como uma forma de expressão artística. Em 1953, começa a criar sons electrónicos em estúdio, que depois eram combinados com outros instrumentos. Com o desenvolvimento tecnológico, como a invenção do sintetizador, Stockhausen pôde refinar a sua técnica e começar a dar concertos ao vivo.

Aperfeiçoar a música intuitiva foi um dos objectivos de Stockhausen. Na obra Sete Dias, de 1968, não existe uma nota fixa. A música é feita através da inspiração dos músicos, que seguem indicações do compositor.

Litch (Luz), cuja apresentação dura 29 horas, é um ciclo de ópera com sete partes, cada uma com o nome dos sete dias da semana. Stockhausen começou a trabalhar nesta obra no fim dos anos 70, apresentado-a em 2004.

O músico e compositor, que perdeu os pais durante a II Guerra, estudou música, literatura e filosofia na Universidade de Colónia. Passou por Paris, na década de 50, onde estudou com o compositor Olivier Messiaen. Na década de 60, teve um papel activo no movimento artístico de vanguarda, Fluxus.