O estudo sobre o traçado da segunda fase de expansão da rede do metro do Porto, elaborado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), propõe a construção de quatro ligações novas no Porto, em Gaia e em Matosinhos e o prolongamento da Linha Amarela entre a estação terminal de Laborim e o núcleo habitacional de Vila d’Este.

Segundo o “Jornal de Notícias” (JN) desta terça-feira, a Linha Amarela poderá vir a ser expandida. O estudo sugere que a linha, recordista em número de utilizadores, se prolongue até à urbanização de Vila d’Este, com cerca de 17 mil habitantes.

Apresentação na FEUP

O Programa Estratégico de Desenvolvimento da segunda fase do Projecto da Área Metropolitana do Porto será apresentado esta quarta-feira, às 14h30, no auditório da FEUP. Estarão presentes, entre outros, Rui Rio, Valentim Loureiro, Oliveira Marques e Carlos Lage.

A equipa da FEUP disse ao JN que a entrada em funcionamento desta ligação no Porto duplicará o número de utilizadores do sistema do metro. O laboratório de planeamento da faculdade propõe a criação da linha da Boavista e a ligação entre a Senhora da Hora e o Hospital de S. João, no Porto. Com sete estações, a linha faz quase todo o trajecto em Matosinhos e não utilizará o canal da Circunvalação. Trata-se de uma ligação complementar e não alternativa à linha da Boavista.

Para esta ligação estão na mesa dois possíveis percursos: o primeiro aproveita o corredor central da Avenida da Boavista e estende-se até ao Senhor de Matosinhos; o segundo desvia-se pelo eixo do Campo Alegre.

Em construção está a extensão da linha na Avenida da República até ao cruzamento com a EN222. Aqui vai nascer a estação Nicolau de Almeida.

Segunda linha em Gaia

Entre as propostas está também a segunda linha de Gaia, com prioridade em relação à linha da Maia e da ligação, sugerida pelo Governo, entre Campanhã e Gondomar. A linha cruzaria com a linha Amarela na Avenida da República.

Segundo a proposta, a futura linha circular automática subterrânea terá nove quilómetros e cruzará quatro pontos estratégicos da rede de do metro: S. Bento, Casa da Música, Pólo Universitário e Campanhã. Prevê-se ainda passagem pelo Hospital de Santo António, Palácio de Cristal (convertido em pavilhão multiusos), Campo Alegre, Constituição, Arca d’Água, Areosa e Contumil.

O investimento previsto é de 180 milhões de euros. A extensão do metro funcionará com veículos sem condutor.

A equipa, liderada por Paulo Pinho, já apresentou as principais propostas do projecto à secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.