O último assassinato relacionado com a noite do Porto originou uma troca de palavras duras entre o PSD Porto e o Governo.

O presidente da distrital Porto do PSD, Marco António Costa, criticou o que diz ser a “política irresponsável” do Executivo. “Ao desvalorizar estes acontecimentos e justificá-los como situações esporádicas promove isto a que estamos a assistir: a desautorização das autoridades policiais, e a criminalidade organizada a sentir-se protegida por um Governo irresponsável”, afirmou, ontem, segunda-feira, à TSF.

À Lusa, o secretário de Estado-adjunto da Administração Interna, José Magalhães, considerou as declarações lamentáveis. “Não é legítimo questionar o trabalho das forças de segurança”, sublinhou, acusando o PSD de fazer política com o “sangue derramado”.

José Magalhães garantiu que o Governo está empenhado no combate à violência e que “as forças de segurança têm meios para actuar”, lembrando, porém, que este é “um fenómeno complexo que exige uma investigação em profundidade”.

Ao JPN, depois da resposta de José Magalhães, Marco António Costa reiterou a convicção de que o Governo não está a actuar da forma mais correcta para combater a violência no Grande Porto e está a “desvalorizar os incidentes ocorridos”. No entando, o também vice-presidente da Câmara de Gaia mostrou “total confiança nas forças de segurança” para a resolução dos casos.

Reforçar a segurança

Para reforçar a luta contra a criminalidade, lembrou o secretário de Estado-adjunto da Administração Interna, o Governo pretende aplicar, até 2012, “cerca de meio bilião de euros para reforço do investimento em instalações, veículos comunicações, sistemas de informação, armamento e outros equipamentos da GNR e PSP”.

Promessas que não convencem o líder do PSD/Porto, que, ao JPN, acusou o PS de ter “sempre a mesma lógica de prometer para o futuro”. “A situação está cada vez pior”, concluiu.