Tornar a cidade do Porto um “paradigma de desenvolvimento sustentável entre as cidades europeias” é um dos objectivos do protocolo assinado hoje, segunda-feira, entre a Câmara do Porto (CMP) e a Agência de Energia do Porto (AdEPorto) para a conclusão do processo da Agenda 21 Local.

A criação de uma estratégia para a sustentabilidade na cidade, a nível de ambiente, transportes, urbanismo e actividades económicas, fica assim a cargo da AdEPorto que se compromete a apresentar, em Dezembro de 2008, um relatório-proposta. “É mais uma responsabilidade para nós que vai de encontro à nossa política energética”, disse Oliveira Fernandes, presidente da agência.

O também docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto afirmou que “esta é uma tarefa ousada e ambiciosa mas que será levada a bom cabo”. “As cidades têm a responsabilidade de responder ao desafio da sustentabilidade”, acrescentou.

A cidade será caracterizada em todas as vertentes ambientais (água, ar, solo, áreas verdes, paisagem, energia, etc). Serão ainda abordadas temáticas do ordenamento urbano, como o urbanismo, as áreas verdes e os usos da água, e avaliados os impactos das actividades na cidade.

Porto no “campeonato” do desenvolvimento sustentável

A elaboração da Agenda 21 Local na cidade do Porto foi já iniciada em 2003, mas até agora não alcançou resultados concretos. Álvaro Castello-Branco garantiu que, com a assinatura deste protocolo, a Agenda 21 Local vai estar finalmente presente no Porto.

A Agenda 21 Local é um programa que procura promover o desenvolvimento sustentável, através da cooperação e diálogo entre os poderes locais e organizações cívicas, económicas e ambientais.

“É fundamental para ombrear os desafios que nos vão ser postos no século XXI e a cidade do Porto quer estar nesse camponeato”, disse Álvaro Castello-Branco. “Foi em boa hora que a CMP solicitou esta tarefa à Agência de Energia do Porto”.