Em Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos, reúne-se, duas vezes por mês, o grupo de risoterapia Sintonias, um dos clubes do riso espalhados pelo país.

O objectivo é simples: rir até não poder mais. “Temos de rir mais porque isso liberta-nos do stress e traz-nos saúde e boa disposição”, explica a líder do riso Lucília Santos.

A risoterapia, ou ioga do riso, como também é conhecida, é uma técnica proveniente da Índia e está já espalhada por todo o mundo. Faz bem à saúde e “até aos músculos”, daí que não existam limites de quantas vezes se deve rir por dia, afirma Lucília Santos. O objectivo do grupo passa por alargar o número de sessões.

São já 21h30 e está na hora da sessão começar. À entrada somos obrigados a descalçar-nos. Uma dezena de pessoas numa pequena sala iluminada com um pequeno candeeiro está pronta a desatar à gargalhada ainda sem saber porquê.

O método utilizado consiste em provocar o riso das mais variadas formas, desde um simples cumprimento, até massagens na barriga ou imitações do Pai Natal. No final, há um momento de relaxamento ao som de música oriental.

Mulheres riem mais

No que diz respeito a rir, as senhoras estão claramente à frente dos homens. São elas que compõem a sala e é das suas gargantas que soam as maiores gargalhadas. Sara Alves é já presença habitual nas sessões de riso e só vê vantagens na risoterapia: “Sinto-me muito bem, por isso é que gosto de vir. Gosto muito de rir e conhecer outras pessoas”.

Os exercícios vão variando, mas o que gera mais gargalhadas é aquele que obriga cada um a fazer de leão e a rastejar pelo chão almofadado. Os sons parecem os de meninos a brincar no recreio.

Os homens, em minoria, mostram-se mais acanhados quando toca a dar gargalhadas. Nuno Santos experimentou pela primeira vez o ioga do riso e gostou da experiência: “Foi óptimo, foi uma sensação de libertação e bem estar. Gostei do entusiasmo das pessoas e aconselho vivamente esta experiência”, conta.