O primeiro-ministro, José Sócrates, foi recebido esta segunda-feira com uma pequena mas ruidosa manifestação organizada pela União de Sindicatos do Porto (USP), afecta à CGTP, em defesa da liberdade de negociação colectiva e contra a “política de direita” do Governo.

Cerca de 50 pessoas gritaram palavras de ordem como “Mentiroso”. Alguns chegaram mesmo a fazê-lo à entrada dos portões da Comissão de Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), onde Sócrates estaria presente, minutos depois, na formalização do consórcio I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde.

“Tomámos conhecimento que o primeiro-ministro vinha aqui e decidimos vir aqui entregar-lhe uma carta com as principais preocupações dos trabalhadores, como a questão do desemprego, da precariedade, da pobreza aqui no distrito e a destruição do sistema produtivo”, explicou ao JPN João Torres, coordenador da USP.

À saída da cerimónia de lançamento do I3S, questionado pelos jornalistas, José Sócrates afirmou não se deixar “intimidar com este tipo de manifestações” e “insultos”. “Há 30 anos que [os sindicalistas da CGTP] fazem as mesmas fitas apenas para as televisões filmarem”, rematou.