A 17ª jornada da BWin Liga teve a particularidade de colocar frente a frente os quatro primeiros da classificação. No sábado à noite, Vitória de Guimarães e Benfica discutiram quem assumia o posto atrás do líder FC Porto, com a vitória a sorrir às águias por 3-1. Já no domingo, “leões” e “dragões” entraram em Alvalade separados por 14 pontos. No fim, a velha teoria confirmou-se: quem está pior, normalmente ganha – 2-0 para o Sporting.

O Porto entrou melhor no jogo. Pode-se dizer, aliás, que esteve melhor durante quase todo o jogo. Lisandro até fez abanar as redes de Rui Patrício ainda antes dos dois minutos fatais, mas o argentino estava em fora-de-jogo. Depois, Helton decidiu abrir a capoeira e o Sporting aproveitou para selar desde logo o triunfo.

Aos 12 minutos, Vukcevic rematou à figura de Helton, mas o brasileiro decidiu abrir as pernas e oferecer aos mais de 37 mil espectadores um prenda. Estava feito o 1-0 para o Sporting, que, dois minutos volvidos, repetiu a dose. Pereirinha cruza da direita, Vukcevic atrapalha Helton e Izmailov encosta para o fundo das redes. 2-0 aos 14 minutos, e o Sporting em crise surpreendia o imparável Porto.

A segunda parte acabou por ser mais do mesmo, fora os golos. O FC Porto acentuou o seu domínio e foi desperdiçando golos aos contentores. O Sporting refugiou-se nos dois golos que obtera e aceitou a avalanche ofensiva dos “dragões” com humildade. No fim, o resultado manteve-se e o FC Porto averbava a segunda derrota da temporada.

Foram mais de 25 mil aqueles que não quiseram perder o duelo entre Guimarães e Benfica no D. Afonso Henriques. Com apenas dois pontos a separaram as duas equipas, os vitorianos sonhavam com a ascensão ao segundo lugar e com a Liga dos Campeões. Do lado encarnado, o orgulho ferido exclamava por uma vitória contundente.

E assim começou. Os homens de Manuel Cajuda acusaram, e de que maneira, a pressão de ser um “grande”. O outro “grande”, mais habituado a estas circunstâncias, não tardou em silenciar o inferno vimaranense. Em dois tiros à baliza de Nilson, o Benfica colocava o marcador em 2-0. Primeiro Cardozo, num livre directo marcado de forma irrepreensível. Depois Maxi, a corresponder da melhor maneira a uma jogada diabólica de Di Maria.

Na segunda parte, Manuel Cajuda fez entrar Gillas e o jogo do Vitória melhorou. O Benfica sofria agora bem perto da sua baliza, e as incursões à área de Nilson eram uma raridade. E não foi de estranhar que Gillas acabasse por reduzir para 2-1. Mas quem esperava a reviravolta não foi correspondido. O Benfica, muito cínico e sofredor, deu a estocada final aos 92 minutos, quando Cardozo atirou para a balia deserta. Estava feito o 3-1, e o Benfica saia da cidade mãe de Portugal com o orgulho recomposto.

Nos restantes jogos desta 17ª jornada, destaque para o empate em Braga entre arsenalistas e Belenenses (1-1). Nacional e Setúbal também empataram, mas sem golos. A União de Leiria conseguiu finalmente o primeiro triunfo da época, ao derrotar em casa a Académica por 3-1. Naval e Estrela da Amadora dividiram pontos na Figueira da Foz ao terminarem empatados a uma bola, enquanto, em Matosinhos, o Leixões derrotou o Paços de Ferreira por 1-0.

A jornada fica completa esta segunda-feira, quando o Marítimo receber na Madeira o Boavista, naquele que vai ser o último jogo de Makukula ao serviço dos insulares. A partir de terça-feira, o internacional português vai ser jogador do Benfica.