O projecto para instalar uma cobertura sobre a rua de Cedofeita já recebeu um parecer oficioso favorável por parte dos bombeiros. A instalação da estrutura na rua põe em causa os procedimentos em caso de emergência, mas já existe uma “solução aceite” pelos bombeiros, embora ainda não seja oficial, revelou ao JPN o arquitecto que concebeu o projecto, Germano de Castro Pinheiro.

Deu já entrada na Câmara do Porto, no final de Dezembro do ano passado, um pedido de informação prévia (PIP) sobre o projecto, explica o arquitecto.

A Câmara do Porto deverá responder até final de Março (já que o prazo legal para resposta a PIPs é de três meses). Se a resposta for positiva, o grupo de comerciantes e moradores e o arquitecto responsáveis pela iniciativa vão começar a delinear o projecto com a autarquia, que terá que ser submetido a nova aprovação.

“O que é importante é saber se deixam [o projecto ir para a frente]”, disse Germano de Castro Pinheiro. Agostinho Guedes, membro da comissão de comerciantes e moradores de Cedofeita, afirma que já estão a ser contempladas hipóteses de financiamento.

A iniciativa contava já com pareceres positivos não oficiais por parte da Câmara do Porto e do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR, antigo IPPAR).

A pensar no comércio

A ideia é cobrir a Cedofeita com uma estrutura de aço ou alumínio assente no chão, que suporte uma cobertura de vidro. A maior parte dos comerciantes acredita que a estrutura vai trazer mais gente para Cedofeita e que vai contribuir para a revitalização da Baixa, mas alguns moradores mostram reservas.