A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) pede respeito pelas escolas públicas e exige democracia. Palavras de ordem que se vão impor na “Marcha da Indignação dos Professores” com data marcada para 8 de Março, em Lisboa.

Em declarações ao JPN, Manuel Grilo, dirigente sindical da Fenprof, refere que “é preciso reverter a situação. O projecto do Governo está a destruir a democracia nas escolas”.

O dirigente sindical vai mais longe e pede a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues. Manuel Grilo afirma que a ministra “não tem condições para continuar à frente do Ministério da Educação”.

Maria de Lurdes Rodrigues considera a acção da Fenprof “normal”. “Faz parte das regras do jogo. Como disse hoje [terça-feira] de manhã, os sindicatos fazem o seu trabalho, nós fazemos o nosso. É preciso continuar”, afirmou na Assembleia de República, após uma audição parlamentar a pedido do Bloco de Esquerda, citada pela Rádio Renascença. Contactado pelo JPN, o Ministério da Educação não se mostrou disponível para prestar declarações.

Pelo menos 10 mil manifestantes esperados

A manifestação deverá contar com professores oriundos de todos os pontos do país. O dirigente espera pelo menos 10 mil manifestantes. Recorde-se que a última manifestação de professores, realizou-se a 5 de Outubro de 2006 e teve a maior adesão de que há memória (cerca de 25 mil manifestantes).

O dia foi escolhido ao pormenor, uma vez que coincide com o final do segundo período de aulas – “um período muito intenso e, portanto, muito importante”, explica Manuel Grilo.

A marcha tem lugar marcado no Parque Eduardo VII, às 14h30, com destino à residência oficial do primeiro-ministro.

Para além desta manifestação, outras formas de protesto já começaram a ser ensaiadas, tais como um e-mail enviado ao Governo contra as políticas de Educação, bem como um abaixo-assinado na Internet.