O IPO (Instituto Português de Oncologia) de Coimbra revelou esta semana que realizou um total de 437 consultas de cessação tabágica ao longo do último ano. Um aumento de 25% em relação a 2006, período no qual se tinham realizado cerca de 350 consultas.

Segundo Lourdes Barradas, responsável por esta secção no IPO de Coimbra, “as campanhas de sensibilzação para os malefícios do tabaco têm ajudado no trabalho dos profissionais de saúde, que, de acordo com Lourdes Barradas, estão “cada vez mais alertados para esta temática”.

A especialista recorda também que este tipo de consultas são “a melhor forma de deixar de fumar”, já que estudos recentes sobre o tema demonstram que, entre os fumadores que tentam deixar o tabaco sem ajuda médica, apenas 7% o conseguem ao fim de um ano. “O acompanhamento médico é fundamental para o sucesso das tentativas de abstinência”.

Cenário semelhante em todo o país

Números que vêm de encontro a outra análise avançada já este ano, pelas Administrações Regionais de Saúde, que procurava demonstrar que a nova lei do tabaco fez com que, um pouco por todo o país, os fumadores procurassem mais as consultas de cessação tabágica.

De acordo com os responsáveis das administrações – sem apresentar números concretos – “a procura excede a oferta”, pois o SNS (Serviço Nacional de Saúde) ainda não consegue acompanhar este crescimento. A espera por uma consulta nos centros de saúde pode demorar um mês e há casos em que a espera “pode chegar a anos” nos hospitais.

Mas, segundo Paulo Vitória, responsável pela linha telefónica SOS Deixar de Fumar “a situação já esteve pior. “Há que reconhecer que o apoio dos Serviços de Saúde tem aumentado”, sublinha, citado pelo PortugalDiário.

O estudo revela também que é o sul do país é a zona que tem a cobertura mais deficiente para estes casos.