O presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP), António Fonseca, reuniu-se na passada quinta-feira com o Comandante da PSP-Porto, Gomes Pereira, para apresentar o projecto de videovigilância para a Baixa.

Segundo Fonseca, a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) exige, para a implementação do projecto, uma fundamentação do pedido pelas forças oficiais da PSP, através da apresentação de dados estatísticos sobre a criminalidade na Baixa. O presidente da ABZHP afirma, por seu lado, que “a cidade do Porto é uma das mais seguras”.

Contactada pelo JPN, Isabel Cruz, secretária da CNPD, com as funções de direcção dos serviços, esclarece: “Não podemos ter exigido nada, porque não chegou até nós nada sobre a Baixa”. A responsável referiu que pediu os índices de criminalidade do Porto aquando o projecto da Ribeira, por ser uma área que tem apresentado forte delinquência.

António Fonseca disse ao JPN que a PSP considerou o projecto de videovigilância para Baixa “bem-vindo, mas que não pode fundamentá-lo com dados estatísticos de criminalidade no Porto, porque podem não ser suficientes”.

O presidente da ABZHP referiu mais uma vez que a implementação da videovigilância não vai servir somente para combater a criminalidade, mas também para ser denunciado às fontes policiais qualquer incidente que aconteça na Baixa “no sentido de prevenir” argumentou.

António Fonseca disse ainda que o passo seguinte é formalizar a apresentação do projecto em formato digital à PSP. O pedido da videovigilância para a Baixa vai ser entregue no início da próxima semana ao Ministério da Administração Interna com a argumentação do “aspecto concorrencial das grandes superfícies”, garantiu o presidente da ABZHP.

Referiu também a urgência em relação à autorização da videovigilância e que “não se devia estar a criar tantos entraves, porque daqui a dois anos os comerciantes podem não estar dispostos a contribuir para o projecto”, afirmou.