A proposta vencedora do concurso público para a requalificação e exploração do Mercado do Bom Sucesso terá de ter em conta uma solução positiva para os vendedores, “uma vez que o critério de avaliação da solução a dar aos comerciantes valerá 20% da proposta”, afirmou esta quarta-feira o vereador das Actividades Económicas, Sampaio Pimentel.

Em conferência de imprensa, foi ainda revelado que está previsto um aumento gradual das rendas para os comerciantes que se mantenham no mercado e uma compensação pelo período de obras e pelos incómodos que possa causar.

“Há uma soluçãoextraordinariamente inovadora, que é aquela que tem a ver directamente com o impacto financeiro que o vencedor da proposta terá com os actuais comerciantes. Esse impacto financeiro pode ser dedutível até 50% em rendas fixas”, acrescentou. Com este mecanismo, a câmara assegura que o vencedor do concurso terá que suportar um investimento mais elevado, de forma a dar uma solução positiva para os comerciantes.

Defesa do património

Quanto à defesa do património, a câmara afirma ter estado em conversações com a Direcção Regional de Cultura do Norte, que irá acompanhar todo o processo, disponibilizando-se para reunir com todos os potenciais interessados, para lhes transmitir as limitações em relação à obra, já que o mercado do Bom Sucesso se encontra em vias de classificação. Esta entidade disponibiliza também um elemento que fará parte integrante do jurí de avaliação das propostas.

Um dos pontos essenciais para Sampaio Pimentel é que o modelo comercial actual “caducou”. O vereador afirma que é importante ouvir o que o mercado diz, mantendo, indiscutivelmente, a vertente de mercado tradicional de frescos. “É possível aproveitá-lo, mas é necessário revitalizá-lo. Naturalmente pode complementar com outro tipo de comércio, mas também pode não ser só comércio: pode ter áreas de lazer, áreas ligadas a cultura, ou áreas de restauração”, revelou o vereador.