O ComUM é um projecto académico de cariz jornalístico, desenvolvido pelo Grupo de Alunos de Comunicação Social da Universidade do Minho (GACSUM). A primeira edição impressa do jornal foi distríbuida esta segunda-feira, dando continuidade ao trabalho desenvolvido desde 2005 no jornal online com o mesmo nome.

A publicação é totalmente administrada pelos alunos, que produzem os conteúdos e se encarregam da angariação de publicidade que sustenta os custos de produção, impressão e distribuição do jornal gratuito.

“Idealmente queremos que o jornal seja semanal, com dois mil exemplares de tiragem, com 16 páginas para já, mas com o objectivo de chegarmos às 24”, assinala o director do ComUM, Rui Passos Rocha. No entanto, o aluno não exclui a hipótese de alterar a periodicidade do jornal para quinzenal, caso os constrangimentos financeiros se imponham.

Com a maior visibilidade proporcionada pela versão impressa do jornal, o director espera “fomentar a consciência académica na Universidade do Minho (UM), o diálogo e a abertura”. Acrescenta ainda que o corpo redactorial não vai copiar os textos da edição online do jornal.

“O tema pode ser o mesmo, mas o texto não será. Haverá sempre uma complementariedade. Podemos ter um texto na versão online a encaminhar para a versão impressa, onde esteja mais desenvolvido e vice-versa. Mas muitos temas que vão para a versão impressa, sobretudo os mais fortes, são exclusivos”, garante.

Edição impressa é uma “mais-valia”

Luís Santos, professor de jornalismo da universidade, vê na edição impressa uma mais-valia, uma vez que acredita que “o digital não substitui tudo o resto”. “Ainda não está provado que nós desgostemos por completo de ter um papel na mão, de observar um tipo de paginação, de olhar para as letras, para os textos, para as imagens e para os cartoons todos integrados de uma maneira que nos é muito familiar”, rebata o professor.

O projecto dará uma atenção especial às questões relacionadas com a universidade, com ramificações para temas que tenham a ver com a região e a cultura. O público-alvo do jornal concentra-se nos alunos e professores da UM, mas o periódico é também distribuído na região, especialmente em Braga, Guimarães e Famalicão.