Hillary Clinton e Barack Obama, os únicos candidatos que restam na corrida pela nomeação democrata às presidenciais norte-americanas de Novembro, encontraram-se esta terça-feira pela vigésima vez em debate, um ano depois da primeira discussão.

Foi a primeira vez que os dois principais candidatos democratas se encontraram depois de se terem tornado conhecidas fotografias do senador do Illinois, de origem queniano, vestido com trajes tradicionais da Somália.

Os rumores de que o staff de Hillary seria o responsável pela difusão das imagens na Internet não tardaram, mas a candidata desmentiu-o no debate. Obama aceitou o desmentido, mas criticou os constantes ataques da senadora de Nova Iorque.

Os comentadores norte-americanos alegam que Clinton precisava de algo mais “dramático”, mas a postura desesperada de uma candidata que precisa de vencer as próximas eleições primárias no Ohio e no Texas, a 4 de Março, para se manter na corrida, contrastou com um Barack Obama que se manteve calmo.

A discussão principal do debate prendeu-se com as políticas para o sistema nacional de saúde nos Estados Unidos, com críticas mútuas. A guerra do Iraque e as políticas de comércio livre foram igualmente abordadas. Hillary Clinton deixou ainda um reparo aos meios de comunicação social nacionais, que acusou de terem demasiada “afeição” por Barack Obama.

Depois de 11 vitórias consecutivas sobre Clinton, Obama é favorito na corrida dos democratas, mas as sondagens no Ohio e no Texas colocam-no lado a lado com Hillary.