A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) acolheu esta quarta-feira um colóquio denominado “Ralis em Português”. A conferência foi organizada por José Ferreira Duarte do Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial e teve o apoio do jornal “Motor”.

A discussão teve como principal tema de conversa a falta de dinheiro dos amantes dos rális para praticar a sua modalidade. José Gonçalves, jornalista do “Motor”, considerou o automobilismo, “indubitavelmente, um desporto para ricos”.

A existência de apoios dominou o colóquio e lançou o debate para uma análise ao trabalho da Federação Portuguesa de Automibilismo. Os presentes exigiram uma maior organização por parte do órgão máximo do automobilismo em Portugal e pediram uma estratégia para melhor divulgar o desporto junto do público. José Pedro Fontes, piloto da Fiat, defendeu “um melhor espectáculo para o público” e mostrou saudades dos anos mais gloriosos dos rális em Portugal.

Todos os convidados lembraram o início das suas carreiras. Bruno Magalhães explica a escolha da profissão devido ao facto do “pai já ter sido piloto”. Mas, se para a maioria dos pilotos, a influência familiar é determinante, Armindo Araújo demonstrou que o contrário também é possível: “Para treinar para os rális, fugia de casa”. O piloto tetracampeão nacional de rális admite ter tido ” a sorte de ter sempre aquipas a apostar no seu valor”.

Homenagem a Carlos Barros

A conferência foi uma oportunidade para homanegear os 30 anos de carreira de Carlos Barros, director desportivo da Peugeot Sport Portugal. No seu currículo, Barros soma enquanto técnico um campeonato do mundo de rális e uma vitória em Le Mans.

Para o actual líder da Peugeot Sport Portugal, “os 30 anos passaram muito depressa pelo facto de fazer o que mais gosta”. Realça o facto de ter “o privilégio de trabalhar com prazer”.