A Universidade de Évora atribuiu o prémio Vergílio Ferreira ao escritor Mário Cláudio, que se congratulou por merecer a “distinção que honra a memória do consagrado e amigo Vergílio Ferreira”.

A universidade instituiu o prémio com o objectivo de homenagear o escritor que lhe dá nome e também de galardoar anualmente a obra literária de um autor no âmbito da narrativa e/ou ensaio de língua portuguesa.

A atribuição do prémio 2008 (12ª edição) foi decidida pelo júri composto pelos professores universitários José Alberto Gomes Machado, José Carlos Seabra Pereira, Isabel Allegro de Magalhães e Elisa Nunes Esteves e pela jornalista e crítica literária Clara Ferreira Alves.

“É uma dádiva o que o Virgílio me fez”

Mário Cláudio é o pseudónimo literário de Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nascido a 6 de Novembro de 1941. É autor de obras de ficção, poesia, teatro e ensaio e tem obras traduzidas para inglês, francês, castelhano, italiano, húngaro, checo e servo-croata e já foi condecorado com a Ordem de Santiago de Espada, tendo em 2004, recebido o Prémio Pessoa.

Ao JPN, o autor explica que este prémio não vai alterar o seu percurso literário e que é apenas um reconhecimento do que vem a fazer até agora e do que continuará a escrever.

Revelou ainda o quão importante foi Vergílio na sua carreira e na sua vida pela “sua altíssima carreira de criador literário e pela circunstância de ter sido um amigo”. “Alguém que reparou antes de muitos outros no meu projecto de escrita e que disse o que pensava claramente e corajosamente a meu respeito. Isso é uma dádiva que ele me fez”, revela o escritor.