Numa nova reunião aberta ao público, a Plataforma Cívica de Intervenção (PIC) do Mercado do Bolhão discutiu, esta terça-feira, alguns dos projectos e acções que estão ainda em suspenso.
Em debate esteve a possibilidade de criação de subgrupos de acompanhamento dos vários espaços também “ameaçados”. A par do Bolhão, a plataforma levantou a hipótese de promover acções em defesa do Pavilhão Rosa Mota e dos mercados do Bom Sucesso e Ferreira Borges, que a autarquia também quer concessionar a privados. As opiniões divergem: uns consideram que o ponto central neste momento é o Bolhão, outros acham que se ignorarem estas questões depois pode ser tarde demais.
Em preparação está, para um futuro próximo, uma nova ida à capital. “Vamos ter que ir proximamente a Lisboa falar com os líderes parlamentares e a comissão parlamentar” informou Manuel Correia Fernandes, porta-voz da plataforma.
À espera da decisão do tribunal
No sentido de esclarecer os comerciantes do Bolhão sobre as acções jurídicas que estão a ser levadas a cabo, estiveram igualmente presentes o grupo de advogadas que tem trabalhado no caso.
Na semana passada deu entrada no Tribunal Administrativo do Porto uma acção judicial para suspender o acto de adjudicação da Câmara do Porto à TCN (TramCroNe). Caso o tribunal entenda que o contrato entre a câmara e a empresa holandesa tem todas as condições para seguir em frente a plataforma não vai desistir, garantiram as advogadas.
Apesar de algumas das acções da plataforma se encontrarem em suspenso, os comerciantes do Bolhão não vão ficar parados. Uma exposição das duas propostas para reabilitar o mercado (da TCN e do arquitecto Joaquim Massena, membro da PIC) e debates à sexta-feira, seguidos de animações pela Avenida dos Aliados, são as propostas de Massena.