O Relatório Anual de Segurança Interna, que estará concluído no final do mês de Março, revela que a criminalidade violenta diminuiu 10,5%, mas os números da criminalidade geral mantiveram-se em relação a 2006.

O relatório faz o registo de toda a criminalidade relevante do ano anterior, expondo os números da criminalidade geral, da criminalidade violenta e grave e outros fenómenos criminais de relevância e que sejam mais sensíveis à opinião pública. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou ainda que o relatório vai incluir medidas preventivas, não se limitando a expor a situação do país como habitualmente.

Os números da criminalidade participada em 2007 não tiveram oscilações significativas mas a criminalidade violenta e grave que representa 6% da criminalidade geral diminuiu 10,5% em relação a 2006. Os crimes de ordem geral incluem, também, o homicídio voluntário consumado, que regista uma descida de 31%.

“Houve um aumento do roubo de veículos, o chamado carjacking, que registou um aumento de cerca de 34%”, afirma ao JPN Leonel Carvalho, secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança (GCS). Registaram-se reduções nos delitos praticados por jovens, na delinquência juvenil, na criminalidade grupal e também na criminalidade organizada.

Crime organizado em Portugal

O general Leonel Carvalho explicitou quais os tipos de crime organizado existente em Portugal, que organizou em três áreas: “o tráfico de seres humanos, sobretudo de mulheres com destino à prostituição, o tráfico de droga e o tráfico de armas, visto que chegam bastantes armas de forma ilícita a Portugal”. Acrescentou ser necessária a cooperação policial internacional e a partilha de informação para este tipo de crime.

O sentimento de insegurança existente no país tem como explicação questões de ordem psicológica e social e não tem relação com os factos, explica o responsável, que critica os meios de comunicação social pelo destaque dado às notícias sobre criminalidade.

Medidas preventivas

O general prefere não delinear prioridades, mas refere que os polícias vão orientar os seus esforços e prioridades nos crimes mais importantes e mediáticos.

O secretário-geral do GCS reconhece o esforço que tem de ser feito e inclui nestas prioridades os furtos de caixas de Multibanco que tiveram um registo considerável em relação ao ano anterior.

A inovação deste relatório está na inclusão de medidas preventivas e a referência às áreas em que são precisos esforços.