Quarenta e um por cento. Foi este o aumento do valor do barril de petróleo nos Estados Unidos em apenas um dia. Os números tornam-se mais impressionantes se se tiver em conta que quinta-feira foi novamente dia de máximos históricos, com a cotação do crude a fechar nos 111 dólares por barril.

O mercado londrino não atingiu um valor tão elevado, mas mesmo assim chegou aos 107,88 dólares.

A principal razão para a mais recente subida é a descida do dólar face às moedas europeia e nipónica. O euro passou a valer 1,56 dólares e a moeda americana, pela primeira vez na história, atingiu a fasquia dos 100 ienes. Desvalorização que torna atractivo o investimento estrangeiro no crude negociado nos Estados Unidos da América.

Durante o dia de sexta-feira, o preço do petróleo decaiu, embora de forma ligeira, para os 110 dólares em Nova Iorque e 107,32 em Londres. Nada, no entanto, que impeça as piores previsões. A Goldman Sachs prevê “subidas explosivas” nos próximos dois anos, que vão catapultar o preço do barril de petróleo para os 175 euros.

Manuel Pinho desdramatiza consequências para Portugal

Algo que é desvalorizado pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, que, em declarações ao JPN à margem da apresentação do programa “Allgarve” na alfândega do Porto, preferiu realçar “a confiança nas empresas, nos portugueses” que é preciso ter para “responder positivamente” ao “factor de incerteza” que é “natural” na conjuntura económica actual.