A Mobilwave S.A., empresa de tecnologias da informação ligada ao sector da saúde, vai lançar no próximo mês uma “pen drive”. O aparelho permite guardar o historial clínico individual de qualquer pessoa em suporte digital utilizando o software ePCI (Processo Clínico Electrónico Individual), um arquivo electrónico e confidencial de toda a história clínica de uma pessoa, que vai ser também comercializado.
A ideia foi desenvolvida ao longo de dois anos por médicos, designers e engenheiros informáticos e está prevista a sua comercialização a partir do fim de Abril, diz ao JPN Francisco Duarte, presidente da Mobilwave.
“Para já o projecto está em fase pré-comercial”, afirmou o presidente da Mobilwave, estando ainda a ser negociados os protocolos com as unidades de saúde. Francisco Duarte afirma que “qualquer unidade de saúde – hospitais, centros de saúde, clínicas – pode comprar o software ePCI”, que permite a utilização do dispositivo móvel.
Historial clínico digital e confidencial
O dispositivo electrónico vai permitir armazenar dados relativos ao percurso clínico de um paciente. Vai incluir eventos clínicos, alertas, receituário, problemas médicos, exames e análises, com integração de imagens, ecografias, endoscopias, raio-X, vídeos e outro tipo de dados clínicos.
A capacidade de armazenamento varia entre 1 e 8 gigabytes (GB). “O custo por unidade vai rondar os 50 euros para pens de 1 GB”, assegurou o presidente da Mobilwave.
“O registo é totalmente confidencial. Em caso de perda do dispositivo, o ePCI tem um sistema de segurança (backup) que deverá ser utilizado no computador pessoal de forma a recuperar os dados clínicos para uma outra pen”, assegurou o presidente da Mobilwave.
“O ePCI é um sistema de uso pessoal, que a pessoa que o adquire transportará consigo, nomeadamente, quando consulta o médico ou os serviços de saúde. Não é um produto para permanecer no centro de saúde ou no hospital, mas para estar com a pessoa”, disse Francisco Duarte.
À venda em lojas da saúde e na Internet
A pen drive vai ser comercializada em lojas onde se vendem produtos de saúde, como farmácias, hospitais, clínicas ou centros de saúde, mas Francisco Duarte admite a possibilidade de poder ser colocado à venda noutros canais de distribuição, numa fase posterior.
Vai ser posta à venda também na Internet. O dispositivo vai estar disponível para qualquer pessoa, desde o cidadão comum ao médico ou outros profissionais de saúde.