O vereador da CDU Rui Sá propôs esta terça, em reunião da Câmara do Porto, que os projectos para reabilitação dos equipamentos municipais concessionados a privados fossem apreciados pelo Executivo camarário. A proposta foi reprovada com sete votos contra (PSD/PP) e seis a favor (PS e CDU).
Os temas centrais da reunião da Câmara do Porto foram as obras na Avenida Nun’Álvares e a proposta de recomendação dos projectos para reabilitação dos equipamentos municipais, apresentada por Rui Sá.
“Independentemente da posição que os vereadores da Câmara Municipal do Porto tomem relativamente aos processos de concessão destes espaços, é sua obrigação, como representantes eleitos pela população portuense, assumirem a sua responsabilidade perante esses projectos arquitectónicos concretos”, defendeu.
“Ninguém deve lavar as mãos da responsabilidade dos projectos, pois não estamos a falar de equipamentos menores, mas de equipamentos com importância simbólica e arquitectónica, como o Mercado do Bolhão, o Mercado Ferreira Borges, Praça de Lisboa, Rosa Mota e o Palácio do Freixo”, afirmou ainda Rui Sá.
O socialista Francisco Assis alertou para a queda de um elevador no Bolhão. Rui Rio, presidente da Câmara do Porto, quando questionado sobre este assunto, mostrou total desconhecimento. Na resposta, Assis declarou: “O senhor presidente tem de começar a ler mais jornais”.
Mudanças em empresas municipais
Na reunião de câmara, ficou ainda decidido, através de voto secreto, a mudança na administração de duas empresas municipais, nomeadamente a Gestão de Obras Públicas (GOP) e da Domussocial. Segundo Rio, esta mudança é fundamental para o “bom funcionamento das instituições”.
No caso da GOP, a mudança de direcção deve-se ao pedido de reforma de Vitorino Ferreira. O futuro presidente da empresa será Pinho da Costa. Já no caso da Domussocial, a vogal da administração passará a ser Filipa Melo, adjunta da vereadora da habitação social. “Filipa Melo representa uma boa escolha para o cargo porque conhece a realidade dos bairros”, afirmou Rio.