Depois de um longo período de negociações, francófonos e flamengos chegaram finalmente a acordo quanto ao executivo. Este vai ser formado por cinco partidos políticos, os mesmos que já faziam parte do governo provisório.

O líder democrata-cristão flamengo Leterme, vencedor das eleições de 10 de Junho de 2007, ainda não tinha conseguido formar governo. As profundas divisões quanto à questão da reforma constitucional, que visa conceder mais poder às regiões de língua flamenga e francesa, impediram um acordo durante estes nove meses e fizeram fracassar duas tentativas de formar governo.

A tomada de posse vai acontecer esta quinta-feira, segundo a imprensa belga. Leterme vai, assim, substituir o primeiro-ministro, Guy Verhofstadt, que aceitou manter-se no cargo até Março, após derrota nas últimas eleições. O anterior primeiro-ministro apresentou esta quarta-feira a sua demissão ao rei Alberto II, que o tinha incumbido de desbloquear a crise.

O acordo governamental a que chegaram os partidos políticos belgas que compõem o futuro executivo é composto por 40 páginas com medidas económicas, fiscais e sociais. O governo de coligação vai dar prioridade a algumas questões, nomeadamente a descida da carga fiscal, o aumento das pensões, o controlo da imigração e a recuperação do poder de compra, um dos temas que mais preocupa a população.

Nos próximos dias espera-se que seja decidida a atribuição concreta das pastas de cada ministro.