O dia internacional da Mulher já lá vai, mas a batalha do sexo feminino pela igualdade de direitos está longe de ter fim. As mulheres são as principais vítimas de tráfico sexual e laboral, violência doméstica e mutilação genital. São ainda alvo de discriminação no emprego, apesar de dominarem nas universidades. Tudo isto é uma realidade dos dias de hoje, em Portugal.

Apesar dos direitos proclamados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, as mulheres imigrantes são alvo de uma “dupla forma de racismo”, em função não só do sexo, mas também das origens culturais e/ou religiosas, como indica um relatório (em PDF ) do Parlamento Europeu.

Antes do 25 de Abril, parte dos “potenciais talentos” não eram reconhecidos pela sociedade. O trabalho da mulher incidia sobretudo nas lides domésticas, como explica Nuno Gradim, técnico da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG). Hoje, afirma Gradim, vivemos numa “sociedade mais justa”. No entanto, para o técnico, “continuam a haver situações gritantes de discriminação”.

Luta pela igualdade

A 8 de Março de 1857, em Nova Iorque, operárias têxteis protestaram contra as precárias condições de trabalho e os baixos salários. 118 anos depois, o Dia Internacional da Mulher passou a ser comemorado oficialmente ao abrigo da Organização das Nações Unidas (ONU).

Foi um marco na história das mulheres, que já travaram desde então inúmeras batalhas pela igualdade de género. O ano de 2008 não foi excepção. Um pouco por todo o mundo foram lembrados os direitos conquistados pelas mulheres, e aqueles que ainda faltam conquistar.