Narciso Miranda reafirmou estar “completamente disponível para continuar a caminhada de progresso e desenvolvimento” em Matosinhos, mesmo que isso signifique apresentar-se como candidato à câmara sem o apoio do PS.

Em entrevista ao JPN, o ex-autarca falou num projecto de “sucesso” que liderou e que “foi interrompido por dirigentes do Partido Socialista”. Narciso aponta para a “necessidade” de responder aos “sinais evidentes da sociedade civil de Matosinhos”.

Por outro lado, o líder da distrital do PS-Porto, Renato Sampaio, afirma não apoiar uma eventual candidatura de Narciso Miranda. Sampaio elogia o trabalho do actual presidente da câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, e diz não perceber o que move Narciso Miranda contra o autarca. Confrontado com esta opinião, Narciso Miranda diz não estar “contra ninguém”, mas sim “a favor da população de Matosinhos”.

Apesar de não contar com o apoio do partido em que milita, Narciso Miranda lembra a ajuda que recebe dos “militantes anónimos do PS”, que “são o grosso da coluna, aqueles que não querem nada, a não ser a luta pela melhoria da qualidade de vida”. De acordo com Narciso Miranda, quem não o apoia são os “que andam junto dos socialistas”, que “dominam o aparelho” e “condicionam tudo”.

Em 2005, Narciso Miranda foi impedido de se recandidatar à presidência da câmara de Matosinhos pelo PS, na sequência de incidentes ocorridos na lota da cidade. O socialista admite voltar novamente à corrida pela câmara de Matosinhos, desta vez de forma independente.