O secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança (GCS), Leonel Carvalho, destaca a importância das medidas preventivas apresentadas quarta-feira, pela primeira vez no Relatório Anual de Segurança Interna 2007. Diz, no entanto, que é quase impossível para Portugal fugir à tendência mundial que é o aumento da criminalidade. “Não estamos imunes ao aumento da violência do mundo”, afirmou ao JPN.

Leonel Carvalho entende que os recursos actualmente disponíveis são suficientes, reforçando a necessidade da sua racionalização. Afirma que a “a PSP tem agora um desafio importante” depois de algumas freguesias da responsabilidade da GNR passarem a ser do domínio da PSP. Esta alteração exigirá uma racionalização e canalização de efectivos para essas zonas, com especial destaque para as áreas periféricas a Lisboa e ao Porto.

Relativamente à necessidade de treinos periódicos dos agentes policiais, Leonel Carvalho diz que “sente-se a necessidade de que quem utiliza a arma a saiba utilizar bem, daí o reforço do treino com tiro e de uma actualização permanente das várias técnicas e das várias tácticas”.

O Relatório de Segurança Interna 2007 revela números preocupantes relativamente à prática do carjacking no nosso país. Leonel Carvalho destacou a existência de medidas de prevenção passivas e activas. As medidas de natureza passiva passam pela “maior esclarecimento das pessoas de forma a evitar serem roubadas”, sublinhando que “a primeira preocupação deverá passar pelo próprio cidadão”.

Níveis de criminalidade estáveis

Leonel Carvalho revela-se optimista relativamente às novas medidas divulgadas pela primeira vez no Relatório de Segurança Interna 2007. “As medidas visam melhorar o combate e a prevenção à criminalidade e espera-se sempre que os resultados sejam conseguidos”, diz.

Destaca ainda que “em Portugal no que diz respeito à criminalidade geral e criminalidade violenta e grave houve uma evolução muito grande” no que toca à sua estabilização e combate. Desde 1998, e segundo dados estatísticos, os índices de criminalidade têm-se mantido estáveis. Os números conseguidos este ano estão ao nível dos registados em 2002.

Admitindo que é difícil para Portugal combater a tendência mundial do aumento da violência, Leonel Carvalho conclui: “Pelo menos, até agora, tem-se conseguida a luta do bem contra o mal.”