A Comissão Europeia propôs, esta segunda-feira, que 2009 seja o ano europeu da Criatividade e Inovação. A proposta partiu de Ján Figel, comissário responsável pela Educação, Formação, Cultura e Juventude, devido à necessidade da Europa de estimular a sua capacidade de criação e de inovação.

As actividades do ano terão como objectivo criar um ambiente favorável à criatividade e inovação, criando também um precedente, tornando-se uma prioridade política a longo prazo. As actividades contarão com campanhas de informação, promoção de boas práticas, debates, reuniões, conferências para promover vários projectos a nível regional, nacional e europeu.

Áreas como a matemática, ciência, informação e outras tecnologias serão integradas neste projecto, de forma a tentar solucionar problemas e aplicar novas ideias. Também a criação artística será levada em atenção, pois é uma forma importante de ligar os vários Estados-membros.

John MacDonald, porta-voz da Comissão Europeia responsável pela Educação, Formação, Cultura e Juventude, explicou ao JPN que “os objectivos mais importantes são a promoção da criatividade para todos, como uma forma de catalisar mais inovação e a promoção da criatividade como um factor-chave para o desenvolvimento das competências pessoais e sociais pela vida fora”.

Todas as formas de inovação, como a inovação social e empresarial devem ser consideradas, pois a ideia é promover a criatividade como uma ferramenta para aumentar as capacidades de toda a União Europeia (UE). “Nesta década, a criatividade e a inovação são muito importantes para a globalização e para a própria economia, e é importante encorajar os Estados-membros a trabalharem juntos para as promover”, afirmou John MacDonald.

Decisão final depende do Conselho UE e do Parlamento Europeu

A proposta de criar o ano europeu da Criatividade e Inovação envolveu um longo período de reuniões informais e a reacção do Conselho da UE e do Parlamento Europeu terá sido sempre positiva. Durante os próximos dois meses, os dois organismos vão decidir a sua aprovação ou não, embora John MacDonald acredite que “apesar de ser cedo para o afirmar, eles já indicaram que estão completamente a favor”.

Neste momento, o ano europeu da Criatividade e Inovação não tem, ainda, financiamento garantido.