D. Jorge Ortiga foi escolhido para se manter na presidência do episcopado por um segundo mandato, conseguindo maior número de votos do que o cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. A reeleição foi decidida, esta segunda-feira, na assembleia plenária que decorre, durante a semana, em Fátima.

O prelado espera nestes próximos três anos “dar continuidade ao trabalho que já foi iniciado, reconhecendo que a grande prioridade da acção da Igreja em Portugal é a iniciação cristã”, como contou ao JPN. Quanto à regulamentação da Concordata, D. Jorge Ortiga afirma que não “tem pressa”, havendo uma “promessa de que, até ao fim deste semestre, fins de Junho, alguns aspectos estarão já devidamente regulamentados”.

D. António de Marto, bispo de Leiria-Fátima, foi o nome escolhido numa terceira volta para ocupar o cargo de vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), sucedendo desta forma a D. António Montes Moreira, bispo de Bragança-Miranda.

O novo vice-presidente já indicou Virgílio Antunes como o próximo reitor do santuário de Fátima. Este nome deverá ser ratificado durante a assembleia plenária dos bispos portugueses. Depois da alteração dos estatutos do santuário, a decisão sobre quem vai ocupar o cargo de reitor tem de obter o acordo do episcopado português. Para além disto, este passou ainda a contar com o acompanhamento dos arcebispos de Braga e Évora e do patriarca de Lisboa.

Sucedendo a Luciano Guerra, no cargo desde 1973, Virgílio Antunes é uma escolha que já vem sendo preparada nos últimos dois anos, quando foi nomeado capelão da instituição.

O bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, que ocupava as funções de secretário e porta-voz da CEP, também se encontra de saída. Manuel Morujão é quem irá preencher o lugar deixado vago, mas só assumirá funções a partir de Setembro. Seguindo o exemplo europeu, pela primeira vez o cargo será entregue a um sacerdote e não a um bispo.