O Governo lançou, esta terça-feira, o primeiro concurso público para a construção das barragens de Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões, incluídas no Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH, em PDF).

As barragens de Padroselos, Alto Tâmega e Gouvães terão um investimento de entre 100 a 170 milhões de euros cada uma, enquanto a de Daivões representa um investimento que irá de 150 a 250 milhões de euros.

AMAT ultima parceria com a EDP

Ao JPN, o presidente da Associação de Municípios do Alto Tâmega (AMAT), Fernando Pereira Campos, também presidente da câmara de Boticas, mostrou-se satisfeito por ver o avanço do projecto e adiantou que os municípios do Alto Tâmega estão a ultimar um acordo com a EDP para uma parceria que concorra à construção das quatro barragens.

“Os municípios do Alto Tâmega, através da empresa Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, estão a fechar um acordo com a EDP, no sentido de concorrermos em parceria à construção destas barragens”, afirmou.

Fernando Pereira Campos vê, primeiramente, a criação de postos de trabalho com a construção das barragens e os projectos ligados ao turismo que estes empreendimentos podem trazer, como grandes benefícios para a região.

“Durante a fase de construção destas barragens vai haver alguma actividade económica, nós temos esperança que a construção destes empreendimentos, que vão criar grandes massas de água vão poder alavancar alguns projectos de carácter turístico na sua área envolvente”, destacou.

Relativamente ao impacto ambiental destas obras, Fernando Pereira Campos considera que “tem que se pesar o interesse do património que existe e o interesse da construção destes empreendimentos, para que sejam minimizados esses impactos eventualmente negativos por forma a que os prejuízos não sejam maiores que os benefícios”.

Nunes Correia afirmou, citado pelo site do PS, que as obras das quatro barragens, mais a da Foz do Tua, devem começar “o mais tardar em 2010 e poderão prolongar-se até 2015”.