O responsável máximo pelas forças norte-americanas no Iraque, General David Petraeus, e o embaixador norte-americano em Bagdade, Ryan Crocker, foram ouvidos pela Comissão das Forças Armadas do Senado, defendendo um período de avaliação da situação no terreno.
Na audição, David Petraeus pediu que a retirada das tropas do país seja congelada após o mês de Julho, para se proceder a “um período de 45 dias de avaliação e consolidação, seguindo uma avaliação da situação no terreno”, sem duração certa.
O general explicou ainda perante os senadores que este procedimento seria a única forma de proteger os ganhos conseguidos no Iraque, sendo que só após esse tempo se deverá pensar na continuação da retirada das tropas. Estão presentes no terreno cerca de 160 mil militares, número que deve descer para os 140 mil até Julho.
“Progresso real” no terreno
O embaixador Ryan Crocker reconheceu que a economia do país iraquiano se encontra numa “situação de fragilidade”, falando na possibilidade de um alargamento do orçamento para Bagdad. Mesmo assim, realçou a importância da continuação da presença norte-americana no terreno, reiterando que “apesar de frágil, o progresso é real”.
Crocker aproveitou ainda a audição para realçar o papel ambíguo que a Síria tem assumido e o facto de o Irão continuar a “ignorar os esforços do governo iraquiano” na criação de um “Estado seguro e estável”.
O presidente do comité, o democrata Carl Levin, questionou ainda o General Petraeus sobre o sucedido na província iraquiana de Bosra, nomeadamente o ataque às milícias na zona. O líder militar norte-americano reconheceu que poderia “ter sido melhor preparado”, mas que fora uma decisão lógica.
Durante a audição, um elemento que assistia foi retirado à força por continuar a gritar “Traga-os [os militares] de volta”.