O jornal norte-americano “The Washington Post” foi o grande vencedor dos prémios Pulitzer 2008. Uma série de reportagens sobre as condições no hospital militar Walter Reed, em Washington, dos jornalistas Dana Priest e Anne Hull e do fotógrafo Michel de Cille, valeu ao Post a vitória na mais importante das categorias: a de “Serviço Público”.

Vencedores de 2008

A lista completa dos vencedores pode ser consultada em pulitzer.org.

O diário junta-se ao “New York Times” na lista dos restritos órgãos de comunicação que venceram, num só ano, em tantas categorias. Em 2002, o “New York Times” venceu sete Pulitzer, muito à custa da cobertura dos atentados de 11 de Setembro.

O diário de Washington foi ainda distinguido nas categorias de “Noticiário Nacional”, fruto do trabalho de Jo Becker e Barton Gellman, sobre o papel de Dick Cheney na Casa Branca, e “Noticiário Internacional”, com uma série de artigos sobre empresários privados no Iraque.

O Post ficou ainda com os Pulitzer nas categorias de “Comentário”, graças aos artigos do seu colunista, Steve Pearlstein; “Última Hora”, pela cobertura do massacre na Universidade Virginia Tech e “Reportagem”, por um artigo do seu colunista de humor, Gene Weingarten, em que colocou o conceituado violinista Joshua Bell a pedir nos corredores do metropolitano de Washington.

Noutras categorias jornalísticas, o “New York Times” ficou com os prémios “Investigação” e “Reportagem explicativa”; Mark Feeney, do “Boston Globe”, venceu o Pulitzer para “Crítica”; e Adrees Latif, da agência Reuters, foi distinguido com o prémio “fotografia de reportagem”, pela imagem de um operador de câmara japonês morto numa manifestação na Birmânia.

Prémio especial para Bob Dylan

Os Pulitzer, entregues desde 1917 em homenagem ao magnata da imprensa de Nova Iorque, Joseph Pulitzer, distinguiram ainda Junot Diaz, pelo seu romance, “The Brief Wondrous Life of Oscar Wao”. Tracy Letts (teatro), Daniel Walker Howe (história), John Matteson (biografia), Robert Hass e Philip Schultz (poesia) foram os outros vencedores nas categorias não jornalísticas.

A edição deste ano ficou também marcada pelo prémio especial atribuído a Bob Dylan. A “Citação Especial” surge por causa do “profundo impacto na música e cultura populares americanas, marcado por composições líricas de um poder poético extraordinário”, como anunciou a organização.