Seis meses após ter assumido a liderança do PSD, Luís Filipe Menezes anunciou a sua saída e lançou o desafio aos opositores internos de tentarem “convencer os portugueses do seu mérito”.

Menezes afirmou, no discurso de demissão, que “para vencer teria de ultrapassar as contrariedades, o que não aconteceu”. Luís Filipe Menezes garantiu que não vai entrar na corrida à presidência do partido.

Após o anúncio, Ângelo Correia, presidente da Mesa do Congresso do PSD, disse que apoiaria uma eventual recandidatura de Menezes à presidência do partido. “Há pessoas vítimas com razões. Menezes é uma vítima com razão”, disse Ângelo Correia.

Pedro Passos Coelho, um dos opositores internos de Luís Filipe Menezes e possível candidato à presidência do partido, já comunicou que se vai pronunciar sobre a recente demissão de Menezes na sexta-feira.

“A alternativa a Sócrates passa por alguém que não deve ser Menezes”

José Pedro Aguiar Branco é um dos possíveis interessados na liderança do PSD. Em entrevista à revista “Visão” desta semana, publicada no mesmo dia da demissão do líder social-democrata, o ex-ministro da Justiça lançou a possibilidade de se candidatar contra Menezes e criticou duramente a liderança do autarca de Gaia.

“Esta direcção do PSD não tem mostrado ao país um projecto integrado, um fio condutor, um rumo consistente. Só tem propostas casuísticas. É um oposição errática e incoerente”, disse Aguiar Branco, rematando que “a alternativa a Sócrates passa por alguém que não deve ser Menezes”.

Minutos antes da demissão de Filipe Menezes, António Borges, em entrevista à RTP, afirmava que “é muito importante que apareçam iniciativas como a de Aguiar Branco”.