República Checa, Turquia e Suíça. São estes os adversários que Portugal terá de enfrentar no Grupo A do Campeonato da Europa de futebol. Considerada a principal favorita a vencer o grupo, a selecção portuguesa não vai ter tarefa fácil, sobretudo se se tiver em conta a qualidade dos adversários. Os suíços têm o factor casa a seu favor, enquanto a República Checa e Turquia são equipas sempre difíceis de vencer. Genebra e Basileia são as cidades que vão acolher os jogos do Grupo A.

Tomas Rosicky, o patrão da República Checa

Na República Checa, é caso para dizer que o Euro começou em Janeiro. Esta frase pode causar alguma estranheza, mas a verdade é que no país não se fala noutra coisa senão nos problemas físicos do seu principal jogador, Tomas Rosicky. Após os tempos áureos de Poborsky e Nedved, é no médio do Arsenal que recaem as principais esperanças dos checos. Rosicky contraiu uma lesão no joelho ao serviço dos londrinos e está em risco de falhar a presença na competição.

Karol Bruckner, seleccionador da República Checa já se mostrou muito preocupado com a possível ausência de Rosicky, mas procura também transmitir alguma tranquilidade aos adeptos ao afirmar que tem substitutos à altura. E até tem, sobretudo na figura de Jan Koller. O avançado de 2,02 metros é a principal referência atacante da equipa e merece a total confiança de Bruckner, sobretudo após o golo que marcou frente à Dinamarca. Petr Cech, guarda-redes do Chelsea, também ele com quase 2 metros de altura, é outra personalidade da República Checa, que tem ainda em Jankulovsky (Milan), Ujfalusi (Fiorentina), Plasil (Sevilha) e Baros (Portsmouth) os jogadores mais influentes.

Para já, e no meio de tantos centímetros, o importante mesmo é a recuperação do pequeno Tomas Rosicky.

Suíça “Tranquillo” à espera do Euro

Barnetta. Tranquillo Barnetta. É por este nome que passa todo o jogo da Suíça. Tal e qual a perfeição de um relógio, Barnetta faz jus ao nome e espalha classe pelos relvados. Nascido em St.Gallen há 22 anos, clube onde iniciou a sua carreira como profissional, Barnetta tem no Campeonato da Europa a grande oportunidade de ser, finalmente, o grande patrão suíço. Depois de Chapuisat, o jovem que actua no Bayer Leverkusen pode não ser ainda a principal estrela suíça, mas para lá caminha. Para já, tem a confiança de Jacob Kuhn, seleccionador suíço.
Mas nem só de Barnetta se faz a Suíça.

O conhecido Benaglio (ex-Nacional da Madeira) deverá ser aposta de Kuhn na baliza, enquanto na defesa a presença do forte Senderos faz esquecer a ausência por lesão do veterano Muller. No meio campo, e para além de Barnetta, a Suíça conta, ainda, com o talento de Johan Vonlathen e com o experiente Hakan Yakin. No ataque, Alexander Frei, avançado do Dortmund e Eren Derdiyok, do Basileia, são as principais referências do país helvético.

Experiência de Sukur no reino dos Altintops

Da Turquia vem um adversário que gosta de se cruzar com a turma das Quinas. No Euro 96, Portugal venceu por 1-0. Em 2000, Nuno Gomes marcou no triunfo por 2-0. Agora, Sukur e companhia vão ser o primeiro obstáculo luso no grupo A.

Na selecção de Fatih Terim longe vai o tempo quando Hakan Sukur reinava sozinho. Os irmãos Altintop, ambos a jogar na Bundesliga (Hamit no Bayern de Munique e Halil no Schalke 04) perfilam-se como sucessores ao trono do Bósforo.

Na baliza permanece o eterno Rustu, o “guerreiro dos relvados”. Com Basturk a comandar as tropas, os efervescentes adeptos turcos confiam ainda o destino da sua pátria ao talento de Sahin e Emre.

Com a precisão de uma mira óptica, Sukur e Nihat surgem como perigos às balizas adversárias. Com a Turquia no grupo, a temperatura vai aumentar na Suíça. Aliás, suíços e turcos já têm precedentes de violência. O play-off para o Mundial 2006 foi resolvido dentro e fora do relvado.