A demissão de Luís Filipe Menezes da liderança do Partido Social-Democrata é uma “estratégia que já é clássica nos partidos políticos” para enfrentar crises internas, disse o politólogo António Costa Pinto.

“Luís Filipe Menezes vai agora observar as movimentações alternativas” no partido, declara ao ao JPN o politólogo, e pode ou não recandidatar-se à liderança do PSD, “em função dessas movimentações” e do “cálculo custo-benefício”.

António Borges e Manuela Ferreira Leite poderiam ser líderes

António Costa Pinto afirma que os futuros candidatos à liderança do partido têm de conciliar “o benifício da dúvida da opinião externa ao partido” com “apoios assegurados da parte da comunidade militante”.

Considera que “as conjunturas de crise” criam situações que levam candidatos que normalmente “têm menos hipótese” a serem considerados. “Estou a falar, por exemplo, da antiga Ministra das Finanças [Manuela Ferreira Leite], estou a falar inclusivamente do eterno salvador externo tecnocrata do PSD, António Borges”, acrescentou. António Costa Pinto disse ainda ao JPN que Rui Rio também é uma possibilidade.