O Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) assinalou esta sexta-feira o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, em parceria com 200 municípios, várias entidades privadas e Casas da Misericórdia.

O IGESPAR é responsável pela conservação, preservação e recuperação dos monumentos classificados como património do Estado. Na cidade do Porto, a tutela dos monumentos mais emblemáticos cabe a esta entidade.

Elísio Summavielle, director do IGESPAR, explicou ao JPN que “de um modo geral, o património portuense está em bom estado de conservação”, fruto do trabalho do instituto.

“Temos monitorizadas todas as situações e apenas a Igreja de Santa Clara tem algumas necessidades”, acrescentou. Construída no século XV, a igreja de estilo gótico, apresenta algumas fragilidades na cobertura de madeira. A intervenção na igreja portuense inclui-se numa listagem de “situações de emergência”.

Na Sé Catedral, as mais recentes intervenções estão agora a terminar. Já a Torre dos Clérigos sofreu obras há 10 anos, pelo que os resultados da intervenção mantém-se até hoje. Apesar de não haver razões para preocupação, Elísio Summavielle salienta que “outros monumentos no Porto têm alguns problemas, ainda que com pouca relevância”.

Comemorações abrem portas de monumentos de três religiões

Desde 1987 que se celebra em Portugal o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Subordinado ao tema “Património Religioso e Espaços Sagrados”, são mais de 400 as actividades que se realizaram hoje um pouco por todo o país.

“Juntámos as três religiões mais importantes: Igreja Católica, Islão e Judaísmo”, explicou Elísio Summavielle. As três religiões tiveram os respectivos espaços abertos ao público “e com interpretação desses mesmos espaços, porque há interpretações diferentes do culto, o que justifica determinadas arquitecturas em determinada época”.