A dois dias da comemoração dos 34 anos da revolução que pôs fim à ditadura em Portugal, o Museu Nacional de Imprensa juntou-se à Universidade do Porto (UP) para apresentar uma nova exposição. “Abril Vinil” conta com cerca de 100 discos de vinil de 33 e 45 rotações que surgiram no período revolucionário do pós-25 de Abril de 1974.

Músicas de intervenção que congratulam a liberdade finalmente conseguida fazem parte dos discos expostos. Também as capas estão intimamente ligadas ao período da revolução, ilustrando os acontecimentos da época com diferentes qualidades gráficas ao nível do design e da impressão.

Nomes como Sérgio Godinho, Fausto, Manuel Freire, Manuel Alegre e Tonicha podem ser encontrados no conjunto de discos disponíveis na reitoria da UP.

Amália Rodrigues editou, também, vários temas do mesmo género como “Meu Amor é Marinheiro“, com letra de Manuel Alegre, em 1974. Esse disco, juntamente o “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, e “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, de José Mário Branco, são considerados aqueles de maior destaque.

A abertura de “Abril Vinil” foi acompanhada de declamações de poemas de José Afonso e de Manuel Alegre por Júlio Couto. A música não poderia deixar de estar presente e João Teixeira interpretou “Lágrimas Negras” de António Gedeão e “Os Vampiros” de José Afonso.

O Museu Nacional da Imprensa apresenta uma nova exposição sobre o 25 de Abril todos os anos. “Abril Vinil” integra-se nas comemorações e vem juntar-se às seis mostras que o museu apresenta de Norte a Sul do país.

A exposição vai manter-se na reitoria da Universidade do Porto até ao final de Maio.