De acordo com o Relatório de Contas de 2007 da Associação de Comerciantes do Porto (ACP), o passivo da instituição é de 475 mil euros e o activo traduz-se em 964 mil euros. Dos 475 mil euros, mais de metade dizem respeito a dívidas herdadas das direcções anteriores, realça a presidente da ACP, Laura Rodrigues.

A responsável afirma que “a associação tem dívidas”, mas que está a passar por um momento tranquilo. O tesoureiro e director da instituição, Brandão Pinho, indica que só 228 mil euros do total da dívida são da responsabilidade da actual direcção e garante que até ao final do mandato a situação vai estar regularizada.

Laura Rodrigues revelou que o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) está a investigar ex-directores da ACP por estes “não utilizarem devidamente verbas da ACP”. Laura Rodrigues lançou o nome de Carlos Andrade e explicou que o ex-director “declarava mais horas de consultadoria do aquelas que eram realizadas”.

Artur Ribeiro, ex-director da Associação de Comerciantes do Porto afirma que “a ACP se encontra nesta situação porque não motiva os sócios a participarem na vida da instituição e a única coisa que a presidente tem feito é queixar-se das grandes superfícies”. Demissionário da ACP, Artur Ribeiro realça, ainda, que Laura Rodrigues “não apresenta projectos para o futuro”.

Nuno Camilo, ex-director da ACP criticou o gasto de 12.418 euros em material de escritório por parte da instituição. O actual tesoureiro da Associação de Comerciantes do Porto realça que “50% do total gasto em material de escritório estava afecto ao projecto ‘Dinamizar'”.

Laura Rodrigues afirmou que a Casa do Comerciante é um projecto ambicioso da sua direcção e que vai estar concluída até ao final do seu mandato. Artur Ribeiro não acredita na concretização do projecto e afirmou que a iniciativa não é viável porque é “um hotel de luxo para ricos