A frase de Winston Churchill “um fanático é alguém que não pode mudar de opinião e não quer mudar de tema” marca presença no frequentado café do Leixões. Quem passa de manhã junto ao Estádio do Mar, encontra com toda a certeza muitos adeptos do Leixões.

Todos eles não mudam de opinião nem mudam de tema. Todos eles são fanáticos. Churchill não estava, certamente, a referir-se aos leixonenses quando disse a frase, mas os adeptos do Leixões identificam-se com ela. Mesmo em dias de treinos, eles estão lá, à espera do autocarro que transporta a equipa, só para saber as últimas novidades.

Uma manhã basta para compreender o amor ao Leixões. Aos poucos, os mais idosos adeptos lá se vão juntando no café, que fica num dos anexos do estádio. São amigos, mas quando se discute futebol por vezes lá sai uma frase mais rude. Ninguém fica chateado porque todos sabem o que a casa gasta. Afinal, os fanáticos não mudam de opinião. E o tema é só um: Leixões.

Entre os habituais frequentadores do café, há um que se destaca: o senhor Vitorino. Sempre enérgico, lá vai barafustando e comentando a actualidade do clube. Os outros nem tentam contrária-lo, porque sabem não vale a pena. O senhor Vitorino é o verdadeiro fanático porque só ele tem razão. Mas todos o ouvem.

Entre arbitragens, reforços, resultados e contas da classificação, assim se passam horas no café do clube. Cheio pela manhã, rapidamente fica vazio quando alguém grita lá de fora: “o autocarro está a chegar”. Até o dono do café sai do estabelecimento. Chega a equipa e o mundo pára. Ou pelo menos o café dos fanáticos fica vazio. É assim, todos os dias.

“Simplesmente diferentes”. Assim se define a Máfia Vermelha, claque do Leixões. Seja em casa ou fora, os jogadores leixonenses sabem que podem sempre contar com o apoio da sua claque. Considerada por muitos como uma das claques mais fiéis do campeonato, a Máfia Vermelha chega mesmo a ser comparada às claques dos três grandes do futebol nacional.

Fundada a 25 de Maio de 2003, durante estes quatro anos tem encantado os estádios do país, sempre em nome do Leixões. São, no fundo, adeptos “diferentes” num clube diferente.