O incêndio que esta segunda-feira de manhã deflagrou na reitoria da Universidade do Porto (UP) provocou a queda do tecto falso na zona dos antigos laboratórios da Faculdade de Ciências, disse ao JPN o reitor da instituição, Marques dos Santos. O incêndio deve-se a “um aparelho de iluminação” que rebentou naquela zona, referiu.
Por volta das 13h00, o comandante dos Bombeiros Sapadores do Porto, Alves Costa, disse aos jornalistas que o incêndio se encontrava em “fase de rescaldo” e que os danos materiais estavam por contabilizar. Alves Costa afirmou que o controle das chamas “foi difícil, pois estavam nas águas furtadas, um local de difícil acesso para os bombeiros”.
Matias Lima, um dos trabalhadores da empresa responsável pelas obras de remodelação do telhado da reitoria da UP, disse ao JPN que a principal dificuldade dos bombeiros na extinção do incêndio foi causada pela nova tela colocada no telhado para impedir as infiltrações no edificio. A tela terá dificultado a penetração da água no combate ao fogo. Os danos do incêndio vão ser pagos pela seguradora da empresa construtora, afirmou o reitor.
“A rede de incêndios estava operacional, mas não tinha pressão suficiente para chegar ao piso onde deflagraram as chamas”, adiantou Alves Costa. O vereador da Protecção Civil, Sampaio Pimentel, referiu que a rapidez da resposta dos bombeiros foi “decisiva para que o incêndio não tivesse outras proporções”.
Segundo Alves Costa, as chamas causaram estragos na parte central do edifício, que ardeu completamente, já que as estruturas são de madeira. Houve ainda danos provocados pela água. “Os bombeiros agora vão avaliar a situação e se for necessário terá que ser feito o colapso [de parte do edifício] pelos bombeiros”, referiu. O fogo atingiu alguns laboratórios e gabinetes da Faculdade de Ciências da UP que estavam a ser desactivados.
No combate às chamas, que envolveu 30 homens e oito viaturas, os bombeiros conseguiram preservar o museu da ciência e a biblioteca da reitoria.