Um dia após o cortejo, os estudantes do Porto não deixaram de marcar presença em frente ao palco da Queima das Fitas. Com a chuva a ameaçar cair a qualquer momento, nada demoveu os mais entusiastas da primeira fila nos concertos desta quarta-feira.
Os angolanos Irmãos Verdades deram início à festa, que se prolongou até bem perto das três da manhã. A animação aumentava sempre que o grupo liderado por Gaby Fernandes entoava uma música que permitisse dar uns passos de dança. O momento alto da actuação estava reservado um pouco mais para o final: quando os angolanos tocaram o êxito “Yolanda”, o público dançou e cantou do início até ao fim.
No final do concerto, aos jornalistas, o grupo mostrou-se entusiasmado com a reacção do público portuense. Gaby Fernandes, vocalista do grupo, mostrou-se “surpreendido”. “As pessoas conhecem temas que gravámos há cinco anos”, disse.
Clã brilham em casa
Depois das melodias quentes dos Irmãos Verdades foi a vez dos portugueses Clã. A banda entregou-se ao público de forma entusiasmante e este respondeu em coro ao apelo. Sem pausas, o concerto, que começou com o repertório mais calmo da banda, fez uma retrospectiva daquilo que os Clã fizeram até agora. Ainda houve tempo para testar algumas músicas do último álbum, “Cintura”, perante uma grande plateia, que respondeu novamente com aplausos.
Durante a conferência de imprensa, a vocalista Manuela Azevedo confessou que este concerto tinha um carácter especial, como todos os que acontecem no Porto. “Desde o início que os concertos no Porto nos deixam ansiosos, porque este público é muito exigente”, disse.
Iniciado na passada terça-feira em Coimbra, este é o segundo “capítulo” da digressão de “Cintura”. A primeira parte da digressão aconteceu sobretudo em auditórios e espaços fechados.