O Presidente da República, Cavaco Silva, ratificou, esta sexta-feira, o Tratado de Lisboa, numa breve cerimónia que decorreu no dia em que se celebram os 58 anos da apresentação da “Declaração Schuman”, criada por Robert Schuman, um dos fundadores do projecto europeu, que estabeleceu as bases para o que viria a ser a União Europeia (UE).

Procurando lembrar aos europeus o quanto “devem ao projecto de construção europeia”, Cavaco Silva realçou as características de um tratado que encara como sendo um “passo em frente na construção de uma Europa mais unida e solidária”. O Presidente da República afirmou, em particular, que a “União Europeia é uma âncora estratégica decisiva para garantir um futuro melhor para os portugueses”.

“O Tratado de Lisboa é uma grande oportunidade e um grande desafio à vontade política dos líderes europeus. O seu sucesso exige determinação política e convergência de esforços entre os líderes dos Estados membros e das instituições europeias”, disse o Presidente da República.

Cavaco Silva salientou que Portugal “deve preparar-se para tirar o melhor partido do tratado, adaptando-se a uma nova arquitectura institucional de forma eficiente, para garantir influência efectiva no processo de decisão comunitária”.

O Tratado de Lisboa tem de ser ratificado por todos os países antes de entrar em vigor. A Irlanda vai ser o único país a levar o documento a referendo, que vai ter lugar no próximo dia 12 de Junho. Uma recente sondagem do jornal “Sunday Business Post” indicava que 35% dos irlandeses são a favor do tratado, contra 31% que se opõem. 34% dos inquiridos mostraram-se indecisos.