Uma banda portuguesa e um cantor internacional animaram o público na noite de quinta-feira. Música de há várias gerações dos Trabalhadores do Comércio e êxitos mais recentes de Sean Kingston puseram os estudantes, que compareceram em massa apesar do frio, a dançar.
Com músicas como “Cordábida”, “Binde ber Isto” ou “De manhá eu bou ó pom”, o recinto foi enchendo, mas foi o conhecido “Chamem a polícia” que atraiu mais estudantes para ver os Trabalhadores do Comércio, bem como a versão aportuguesada do “Light my fire”, “Acende-me a lareira”, que afastou o frio.
Como já é habitual, ao longo do concerto foram-se fazendo alusões a vários temas da sociedade, como o “desemprego entre licenciados” ou as “mudanças na PJ”, mostrando a quase intemporalidade das músicas desta banda de mais de 27 anos.
“Temos um nome que não tem jeito nenhum”, referiu Sérgio Castro, vocalista e guitarrista da banda, “e que serve para mostrar que não temos complexos nenhuns”. Composta por três gerações diferentes e com muitos anos de carreira, a banda orgulha-se de não falar português, “mas sim portuense” e de, nestes mais de 27 anos se “ter divertido à grande”. “Enquanto nos chamarem antigos e não velhos, está tudo bem”, rematou.
A noite prosseguiu com o concerto do cantor norte-americano Sean Kingston, que trouxe consigo um DJ. Com apenas 18 anos, Kingston – cuja música mistura reggae, pop e hip-hop – não se mostrou surpreso por ser mais novo do que a maioria do público para o qual actuou e salientou durante todo o concerto ser “fantástico estar em Portugal”, país onde actua pela segunda vez.
Êxitos como “Me love” e “Beautiful girls” têm referências a clássicos como “D’yer Mak’er”, dos Led Zeppelin, e “Stand by me”, de Ben E. King, misturando texturas e sons mais antigos com influências mais recentes.