O adeus às noites da Queima das Fitas do Porto 2008 foi festejado ao som do hip-hop nacional. Na noite de sábado, os Expensive Soul aqueceram o Queimódromo, mas foram os Da Weasel os mais aplaudidos.

Na despedida a Mary F* Jane, back-vocal da “Jaguar Band” há seis anos, a banda que acompanha os Expensive Soul, o grupo nortenho interpretou algumas das músicas do álbum “Alma Cara”, como “13 Mulheres”.

No entanto, os sons pelos quais o público esperava pertenciam ao primeiro álbum. “B.I.”. “Salta, Salta”, “Falas Disso” e “Eu Não Sei” foram cantados em conjunto com os estudantes.

Em conferência de imprensa, os Expensive Soul garantiram que a Queima das Fitas do Porto “é a melhor queima do país”. Questionados sobre a sua evolução no mundo da música, a dupla confessou que “as portas abriram-se todas” quando assinaram o contrato com a EMI Music Portugal.

Já a noite ia longa quando os Da Weasel subiram ao palco. Música atrás de música, as letras foram fervorosamente seguidas pelo público. No espectáculo multimédia, dos mais antigos aos mais recentes, não faltaram temas como “Dialectos de Ternura”, “Mundos Mudos” ou “Amor, Escárnio e Maldizer”.

Sempre bem-dispostos, os “doninhas” confessaram aos jornalistas, em tom de brincadeira, que estavam à espera de que o Governo mudasse para serem condecorados com o grau de comendador, à semelhança dos Xutos&Pontapés, distinguidos em 2004 pelo anterior Presidente da República, Jorge Sampaio.

Num tom mais sério, os Da Weasel revelaram que só ganham dinheiro com os concertos. “As editoras passaram anos a mamar à custa dos artistas”, acusou Pac.

O programa da Queima das Fitas 2008 encerrou este domingo, com a tradicional garraiada, na Praça dos Touros da Póvoa de Varzim.