Decorreu este sábado o cordão cultural contra o projecto que a Câmara Municipal do Porto aprovou para o Mercado do Bolhão de entregar a reabilitação e exploração do edifício, para os próximos 50 anos, à empresa holandesa TramCroNe.

Eduarda Silva, do MCEP, disse ao JPN que o cordão cultural teve como objectivo “sensibilizar mais uma vez a cidade para a preservação de um ícone da cidade como é o Mercado do Bolhão”. A iniciativa também teve como propósito “angariar fundos para o processo do Bolhão em tribunal e também para ajudar a Plataforma de Intervenção Cívica”, afirmou.

Vários pólos de animação foram criados em torno do edifício, com a colaboração de múltiplos artistas, dos mais variados sectores desde o teatro à dança, fotografia e música.

Entre os convidados musicais encontravam-se a Tuna de Medicina, os Repórter Estrábico e os Trabalhadores do Comércio. João Ferreira, da Tuna de Medicina, participou no cordão cultural pelo Bolhão, não só por ter sido convidado, mas também por defender “a causa do Bolhão, da não demolição do mercado” e por ser “a favor do restauro e da reabilitação de espaços como este”.

Nas ruas em frente ao mercado foram colocados dois painéis, onde os transeuntes, incluindo alguns estrangeiros, puderam deixar as suas mensagens de contestação: “Longue vie au Marché de Bolhão!” ou “O Porto sempre lutou. Ninguém o faz parar. O Rio vai para a rua. O Bolhão continua”.