A agência estatal chinesa Xinhua avançou que o número de vítimas mortais causadas pelo sismo de magnitude 7,8 que atingiu, esta segunda-feira, o Sudoeste chinês era, às 07h em Pequim (00h em Lisboa), de cerca de dez mil. O número deverá aumentar ao longo do dia, visto que só agora começa a ser dada ajuda às localidades perto do epicentro.

A agência chinesa indicava, ainda, citada pela AP, que, a 90 quilómetros do epicentro em Wenchuan, estariam soterradas dez mil pessoas.

“Temos de dar o nosso melhor para abrir estradas até ao epicentro e salvar as pessoas presas nas áreas atingidas pelo desastre”, afirmou, citado pela Xinhua, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, que acrescentou que as forças militares devem colaborar neste esforço, chegando a enviar por via aérea medicamentos e alimentos. 50 mil soldados estarão já no terreno.

Contudo, a chuva forte estará a restringir a ajuda facultada às populações atingidas. “Neste momento, estamos com grandes dificuldades em levar a cabo o nosso trabalho de salvamento. Estradas bloqueadas, comunicações cortadas e chuva contínua têm criado obstáculos aos nossos esforços”, disse o primeiro-ministro chinês.

A União Europeia, através da presidência eslovena, expressou as suas condolências à China pela “imensa perda de vidas e pela devastação causada pelo sismo”, o mais forte na China dos últimos 30 anos.

Da Casa Branca chegaram os pêsames do presidente George W. Bush que afirmou, em comunicado, que “os pensamentos e as orações da população norte-americana estão com o povo chinês, especialmente com as pessoas directamente afectadas”. O presidente norte-americano afirmou que os EUA estão disponíveis para ajudar “de qualquer forma possível”.