O deputado socialista na Câmara Municipal do Porto, Francisco Assis, acredita que a cidade está a viver um “momento determinante” e que é urgente recorrer junto da “administração central para obter financiamento para os projectos de recuperação da zona ribeirinha da cidade”.

Na reunião do executivo camarário desta terça-feira, o líder da oposição socialista defendeu a sua posição justificando que, tal como acontece em Lisboa, a requalificação das zonas ribeirinhas é essencial para a identidade das cidades. “Devemos aproveitar esta ocasião histórica para exigir que haja exactamente o mesmo tratamento para a cidade do Porto que há para Lisboa. Temos é de ter imaginação e projectos com capacidade para entusiasmar a administração central”, afirmou.

Francisco Assis disse também que este esforço deve ser apoiado no plano nacional, sendo esta a altura ideal para o Porto aparecer na linha da frente. “Só teremos legitimidade para acusar o Governo de discriminar a cidade se, porventura, houver da parte da administração central uma posição diferente daquela que tem vindo a adoptar em relação à Câmara de Lisboa”, referiu.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, não se pronunciou em relação a este assunto, mas o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, justificou que a câmara não vai pedir financiamento “sem ter primeiro os projectos”.

Na reunião foi aprovada a proposta do vereador da CDU, Rui Sá, contra a implementação de portagens nas SCUTS do Norte Litoral, Costa da Prata e Grande Porto, pelo menos, até 2009. Apenas o PS votou contra a proposta.

A venda do edifício municipal na Rua da Restauração, que abriga um dos postos de limpeza da cidade, foi também aprovada. O vereador comunista votou contra esta proposta, justificando que “ao contrário do que diz na proposta, o edifício não está devoluto”.