O Provedor Municipal dos Cidadãos com Deficiência do Porto, João Cottim Oliveira, fez esta quinta-feira, o balanço dos primeiros quatro anos de mandato. O cargo, criado a 22 de Setembro de 2004, tem um papel preponderante na inclusão social e na mobilidade e já foi seguido pelos municípios da Louçã, Marco de Canaveses, Viseu e Santa Maria da Feira.

O provedor afirmou que “os transportes públicos são um bom exemplo e amigos” das pessoas com dificuldades de mobilidade, mas que “ainda falta fazer muito para melhorar as condições de acessibilidade e de mobilidade no Porto.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, diz que o Provedor dos Cidadãos com Deficiência tem um “papel pedagógico para os outros concelhos que não têm provedor”.

Susana Machado, da Ordem dos Arquitectos, destacou as “mudanças significativas” na cidade do Porto desenvolvidas pelo provedor, destinadas a satisfazer as necessidades dos “diferentes grupos de cidadãos”, principalmente daqueles com dificuldades especiais de mobilidade.

Alguns dos “exemplos notórios” focados foram o rebaixamento dos passeios na Avenida dos Aliados, os passeios subjacentes à passagem do carro eléctrico, a intervenção na metro do Porto e no Teatro Helena Sá Costa, bem como o acesso a vários edifícios e serviços.

A arquitecta referiu ainda que a provedoria tem promovido o debate entre “técnicos e instituições” sobre as questões de acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada. “Estas questões são parte integrante para o desenvolvimento do país”, porque proporcionam “uma melhor qualidade de vida, conforto e autonomia dos cidadãos”, bem como “facilitam a integração de grupos sociais” acrescentou.