A escolha do presidente da Associação de Comerciantes do Mercado do Bolhão (ACMB) foi decidida, esta quinta-feira, após as eleições para a direcção da associação terem determinado a vitória da lista A, encabeçada por Alcino Sousa.

Na hora de decidir entre o homem que tem dialogado com TramCroNe (TCN) e aqueles que contestam o projecto da empresa holandesa para o Bolhão em detrimento da alternativa do arquitecto Joaquim Massena, os comerciantes optaram pela continuidade de Alcino Sousa na presidência.

55 associados votaram a favor de Alcino Sousa, contra 38 da lista B. No final do escrutínio, a lista derrotada felicitou o adversário que espera apenas que o actual presidente da ACMB “cumpra com a promessa de defender os interesses dos comerciantes”.

O presidente eleito considerou a vitória como “um voto de confiança”. Alcino Sousa admitiu que a vitória veio reforçar as suas responsabilidades à frente da associação. “Tinha uma obra começada, vou ver se acabo, defendendo os interesses de todos os comerciantes”, afirmou.

Sobre o facto de ser acusado de defender o projecto da TCN que prevê a reabilitação do mercado Alcino de Sousa afirma que o objectivo da internacional holandesa não é “destruir o mercado”, mas fazer obras que “são necessárias desde ha muito tempo”.

Movimento Cívico “desestabilizador”

A actuação da Plataforma de Intervenção Cívica (PIC), que contesta o projecto da TCN, é vista por Alcino Sousa como um elemento “desestabilizador” entre os comerciantes. “É pena que houvesse alguém por parte do movimento cívico a tentar criar entre os comerciantes um clima de guerrilha e de cortar à faca”, admitiu.

O responsável pela ACMB disse ao JPN não entender “porque é que só agora é que a PIC defende que o Mercado do Bolhão não seja levado a concurso público”. Algo que, segundo Alcino Sousa, já tinha sido proposto pela associação.

O actual presidente da ACMB está à frente da instituição há 12 anos. Cargo que continuará a exercer por mais três anos.