A Câmara de Matosinhos solicitou uma proposta ao departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), para a elaboração de uma Carta de Risco e um Plano Prévio de Intervenção para o município, que, de acordo com a nova legislação, tem de ser obrigatoriamente incluído no Plano Municipal de Emergência.

Acidentes rodoviários, ferroviários e aéreos, incêndios urbanos e industriais, acidentes com transportes, armazenamento de matérias perigosas, cheias e inundações, incêndios florestais e meios de apoio aos agentes da protecção civil são as várias tipologias de risco a considerar no estudo, presentes na proposta escrita pela autarquia.

A Câmara de Matosinhos solicitou esta proposta à Faculdade de Letras porque reconheceu “a idoneidade e competência técnica, adquirida na elaboração das Cartas de Risco Distritais para o Governo Civil do Porto” já realizadas pelo departamento, como refere um documento da autarquia.

O trabalho proposto consiste na elaboração de um estudo dos riscos naturais, tecnológicos e sociais para o Plano de Emergência do Município. “O objectivo é desenvolver a cartografia e análise de riscos para que a Protecção Civil municipal tenha condições para organizar, prever e monitorizar a intervenção correcta”, explicou Carlos Bateira, responsável pelo estudo da FLUP.

Estão previstos o levantamento de ocorrências, a identificação dos pontos críticos e a elaboração de propostas a adoptar para cada caso.

O estudo, aprovado esta segunda-feira, por unanimidade, em reunião na Câmara de Matosinhos, terá o prazo de seis meses para ser elaborado, depois de assinado o protocolo entre a Câmara de Matosinhos e a Faculdade de Letras, e vai ter um custo de 30 mil euros.