Um estudo apresentado, segunda-feira, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) defende a necessidade de maior ligação entre o “sistema educativo” e o “sistema social” para evitar a passagem abrupta entre graus de ensino. O documento aponta a fusão do primeiro e segundo ciclos como o caminho para a melhor integração dos alunos na rede educativa actual.
O Ministério da Educação, através de fonte do gabinete de comunicação, apresenta a “concentração dos alunos em centros escolares e a aproximação dos professores no espaço físico” como medidas que revelam passos dados no sentido da articulação dos dois primeiros ciclos do ensino básico.
Em declarações ao JPN, fonte do gabinete de comunicação acrescenta que “articulação” é o termo mais correcto para designar o processo em causa, e não “fusão” como tem vindo a ser referido. “O objectivo é juntar os alunos em condições favoráveis e não de qualquer forma”, destaca.
“É necessário criar uma proposta ponderada”
O presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), João Grancho, avalia de forma positiva as conclusões do estudo do CNE, mas salienta que “é necessário criar uma proposta ponderada”. “Só faz sentido uma alteração se a mesma trouxer benefícios para os alunos”, explicou ao JPN
João Grancho mostra disponibilidade para integrar a discussão relativa a uma reestruturação do ensino. “Qualquer alteração positiva será bem aceite por nós, até porque a formação dos professores já caminha nesse sentido”, frisou.